domingo, 9 de novembro de 2008

Fumante Passivo




Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada de poluição tabagística ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior em ambientes fechados e o tabagismo passivo, a 3 ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool.

O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:

1 - Em adultos não-fumantes:

.Um dos malefícios aos fumantes é a interferência na ereção.

Nós, fumantes passivos, temos como uma das maiores causas de morte o câncer causado pela fumaça de cigarro que inalamos durante alguns anos.
Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

"...inalar fumaça passiva sabota suas ereções, de acordo com um estudo na Universidade do Texas (EUA). Quando um homem receber uma dose de nicotina equivalente a 30 minutos de exposição à fumaça, suas ereções ficaram 23% mais fracas do que as dos homens que não tomaram o estimulante. A nicotina da fumaça dispara hormônios que impedem que as veias do seu pênis se contraiam e segurem o sangue..."
(Men´s Health Brasil, Maio 2008, pág. 158)

Não é falta de educação ou ato anti-social sair de perto dos fumantes assim que eles acendem seus cigarros, pelo contrário, a falta de educação parte deles de forma egocêntrica assim que começam a tragar sem se importar com as demais pessoas no mesmo ambiente.

.Sofremos maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;


2 - Em crianças:

• Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;

• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.


3 - Em bebês:

• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);

• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.


Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.
Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta (IARC, 1987). Em uma análise feita pelo INCA, em 1996,em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).

Fonte: Ministério da Saúde

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